O JK NOTÍCIAS foi procurado na manhã desse sábado (29.03) com uma informações delicadas com um caso ocorrido na cidade de Santa Rita do Trivelato, onde uma mãe desde janeiro buscava ajuda sobre o comportamento do filho, e acabou perdendo a guarda das crianças após pedir ajuda do Conselho Tutelar.
Segundo as informações a mulher procurou a Polícia Militar de Santa Rita do Trivelato para relatar os eventos que levaram o Conselho Tutelar a afastarem seus filhos dela. Segundo o relato, ela buscou ajuda após notar comportamentos atípicos de seu filho de oito anos.
Segundo relato da mãe, em janeiro deste ano, seu filho de oito anos começou a apresentar comportamentos incomuns. Durante brincadeiras com colegas, pediu uma amiguinha em namoro, o que deixou a menina constrangida. A menina reclamou para sua mãe, que conversou com a mãe do menino, e depois mãe do menino tentou conversar com o filho para entender a origem do comportamento, e o que teria acontecido. O menino então se desculpou dizendo que era uma brincadeira e que não iria acontecer novamente.
No mês seguinte, a mãe recebeu outra reclamação envolvendo seu filho. Enquanto brincava próximo a um parquinho, ele passou a mão nas pernas de outra colega. Dessa vez, o pai da menina confrontou a mãe do menino de maneira agressiva, afirmando que, se ela não batesse no filho, ele mesmo o faria e, inclusive, o mataria. Assustada, a mulher levou o filho para casa, e tentou conversar novamente.
Preocupada com os acontecimentos, a mulher procurou o Conselho Tutelar em busca de orientação. Os conselheiros decidiram realizar uma visita à residência para avaliar a situação e verificaram que a criança respondia às perguntas sem demonstrar emoções. Diante disso, informaram que encaminhariam o caso ao Ministério Público para solicitar atendimento psicológico e psiquiátrico para o menino.
No dia 19 de março, por volta das 20h30, a mãe flagrou o filho de oito anos em um comportamento inadequado com o irmão de quatro anos. Enquanto brincavam em um colchão na sala, o mais novo estava agachado, e o mais velho dava tapas em sua bunda, fazendo gestos obscenos. Ao perceber a presença da mãe, a criança se assustou.
A mãe tentou conversar novamente, e perguntou onde ele tinha aprendido aquilo, e se ele havia sofrido alguma coisa, a criança disse que não tinha acontecido nada com ele, mas brava a mãe pegou um chinelo e deu duas chineladas no filho mais velho e uma no mais novo, antes de colocar os dois na cama para dormir.
No dia seguinte, levou as crianças para a escola e retornou ao Conselho Tutelar para relatar o ocorrido. Durante a conversa, mostrou fotos mostrando as chineladas que deu nos filhos na hora da raiva. As conselheiras alertaram que ela não deveria ter agido dessa forma, e que o mais adequado seria apenas conversar com os filhos. Informaram que fariam outra visita domiciliar e reforçaram que as crianças seriam encaminhadas para atendimento psicológico e psiquiátrico.
No mesmo dia, por volta das 11h, os conselheiros voltaram à residência da mulher acompanhados do filho mais velho. Explicaram que a professora da criança percebeu hematomas em seu corpo e denunciou o caso ao Conselho Tutelar. Com isso, os profissionais recolheram os documentos das crianças para encaminhá-las ao exame de corpo de delito na delegacia de Nova Mutum.
Após essa visita, a mãe não recebeu mais notícias do Conselho Tutelar e foi informada pela Assistência Social que, para rever os filhos, deveria acionar a Defensoria Pública e solicitar judicialmente esse direito.