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Sorriso: “Professor do CV”, preso por mandar dar “salve” em alunos do Mário Spinelli, abrigou assassinos do primeiro homicídio do ano, diz delegado

Alunos da escola estadual Mario Spinelli, em Sorriso foram vítimas de “salves” — castigo aplicado pelo Comando Vermelho (CV-MT) na cidade. As sessões de tortura foram ordenadas pelo professor de Matemática, Sinei Marinho Pedroso, de 42 anos, que foi preso pela Polícia Civil nesta segunda-feira (17/03).

Uma menor foi apreendida. Conforme o delegado Bruno França, responsável pelo caso, a PJC foi procurada durante uma situação de desespero por algumas das vítimas que alegavam que um professor estaria envolvido e possivelmente seria o mandante.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

Segundo as vítimas, o professor é integrante do Comando Vermelho com a missão de fazer a arregimentação de membros entre os grupos de estudantes que ele leciona. O professor soube que as vítimas estavam fazendo “fofoca” desta atividade paralela dele e teria ordenado o sequestro dos “x-9”.

“Ele teria ordenado que alguns alunos e uma aluna sequestrassem e levassem até uma área verde para cometer essa tortura, que eles conhecem como ‘salve’.

A PJC conseguiu apreender a menina apontada como uma das sequestradoras, e ela imediatamente confessou a participação e apontou a participação dos outros menores”, informou o delegado França.

A menor apreendida alega que foi coagida pelo professor, pois todos os alunos têm muito medo dele. Quando ela apontou quem seria o mandante, a Polícia Civil já sabia de quem se tratava.

O suspeito teria dado abrigo aos assassinos de um homicídio que ocorreu no bairro Jardim Amazonas no começo deste ano, em Sorriso. “Os assassinos foram presos na casa desse professor. Ele estava dando abrigo aos executores da facção criminosa, que estavam lá fazendo uso de cocaína e maconha e com a arma do crime.

Naquela ocasião, não houve situação processual que permitisse a prisão do professor, mas ficamos com os olhos abertos e, quando nos foi relatado isso, não tínhamos a convicção de que poderia ser verdade. Até o momento, ele está preso por integrar organização criminosa, sequestro e tortura, e vamos analisar se há algum crime a mais”, finalizou.

As diligências investigativas continuam. O professor informou ao delegado que ficará em silêncio durante o depoimento.

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