Um funcionário de uma empresa procurou a redação do JK Notícias para relatar sua versão sobre um incidente ocorrido durante uma reunião de segurança no trabalho. A situação resultou em um boletim de ocorrência registrado pelo gerente da empresa, que o acusou de ameaças.
Segundo o funcionário, o episódio começou quando o gerente, durante a reunião, impôs novas regras, incluindo a proibição do consumo de bebidas alcoólicas aos domingos, justificando que os funcionários passariam a ser submetidos a testes de bafômetro nas segundas-feiras. O colaborador afirma ter questionado a decisão, explicando que, em seu dia de folga, costuma fazer churrasco com sua família e consumir bebidas alcoólicas, e que acreditava ser um direito seu, fora do ambiente de trabalho.
Ele relata que o questionamento gerou uma troca de palavras mais acalorada, mas nega ter feito qualquer tipo de ameaça ao gerente ou a qualquer outra pessoa. “Eu apenas defendi meu direito ao lazer com minha família. Jamais ameacei ou coloquei a integridade de alguém em risco”, declarou o trabalhador.
Ainda de acordo com o funcionário, após a reunião, ele foi chamado pelo supervisor para uma conversa na sala do gerente, onde recebeu um documento de suspensão. Ele admite que houve mais uma discussão, na qual afirmou que o comportamento do gerente seria prejudicial à equipe e à empresa. “Falei que ele era arrogante, que ninguém gostava da forma como tratava os funcionários, mas não houve ameaças. Apenas expus minha insatisfação”, explicou.
O trabalhador diz ainda que a acusação de ameaça é uma tentativa de desqualificá-lo como profissional e pai de família. “Estou sendo tratado como criminoso por me posicionar contra atitudes opressoras. Nunca ameacei ninguém; apenas quero trabalhar com dignidade.”
O gerente, por sua vez, alegou em seu boletim de ocorrência que foi ameaçado e que a conduta do funcionário justifica medidas disciplinares.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.