No último dia 26, após a publicação de uma matéria sobre uma briga de vizinhos, onde um casal disse que “odeia maranhense” e acabou preso na Rua Santa Isabel, bairro São Domingos, os envolvidos procuraram a redação do JK Notícias para apresentar sua versão dos fatos.
De acordo com o registro policial, o desentendimento começou quando a vítima, acompanhada de amigas, foi aos fundos do imóvel ligar a luz devido à chuva. Ela afirmou que foi agredida verbalmente pela vizinha e fisicamente pelo homem, que teria arremessado uma garrafa de cerveja em sua direção e a derrubado no chão, causando ferimentos no braço. A vítima também relatou que foi alvo de injúrias raciais, com comentários afirmando odiar maranhenses, que nenhum maranhense presta, que tem nojo de maranhenses e fazendo vários comentários ofensivos à origem da vítima.
Durante a abordagem policial, o homem afirmou ser faixa preta em jiu-jitsu e teria ameaçado avançar contra os policiais, que usaram spray de pimenta para contê-lo. Após a confusão, todos os envolvidos foram levados à delegacia para apuração.
O casal, no entanto, nega as acusações e afirma que os fatos foram distorcidos. Segundo eles, a vítima frequentemente abandona os filhos, que acabam pedindo comida aos vizinhos. A mulher, acusada de injúria racial, rebateu dizendo que apenas pediu à vizinha que mantivesse o quintal limpo, já que a área seria de uso exclusivo do casal.
A mulher relatou que a vizinha, que é mãe de quatro crianças, teria o hábito de tomar banho nua no quintal, mesmo ciente de que há famílias morando ao lado. “Isso não é comportamento de quem respeita os outros. Sabia que tinha gente olhando, mas fazia mesmo assim”, afirmou a mulher.
Além disso, o casal alega que a vítima gastaria dinheiro com relacionamentos amorosos em vez de priorizar os filhos. “Os filhos dela vivem em estado de pena, comendo melado de açúcar. A mais velha nem vai à escola e cuida dos irmãos como se fosse empregada”, desabafou.
Outro ponto levantado pelo casal em sua defesa foi o relacionamento da vizinha, que, segundo eles, seria marcado por episódios de violência doméstica. Relatos indicam que a mulher frequentemente seria agredida por sua companheira na frente das crianças, com brigas que duravam dias. “Ela trabalha, mas parece que só banca a companheira. A semana toda ela apanhou na frente dos filhos. Isso é ser mãe? Quem é mãe de verdade dá a vida pelos filhos, não permite que eles passem por isso”, afirmou a mulher.
Segundo a vizinha, ao ser questionada, afirmou não gostar das mulheres, que são do Maranhão, não quer não gosta de maranhenses. Segundo o relato ela teria dito “Nunca tive sorte com vocês, mulheres solteiras do Maranhão, vocês não são de respeito”. Em resposta, a outra vizinha teria dito que não gostava de gaúchos e chegou a declarar sentir nojo. “Eu nem sou gaúcha, mas ela disse isso mesmo assim”, relatou a mulher.