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Policial penal, preso pela PC de Sorriso, cobrava 10% por golpes aplicados por presos dentro da cadeira

As investigações da Polícia Civil revelaram que um policial penal detido na manhã desta quinta-feira (12) planejou 10% dos valores arrecadados em golpes de estelionato crimes por detentos da penitenciária de Várzea Grande, Mato Grosso. Em troca, o servidor fornecia acesso à internet dentro do presídio.

O agente atuou no Complexo Penitenciário Ahmenon Lemos Dantas e foi preso ao ser flagrado tentando entrar na unidade com celulares e entorpecentes escondidos em uma caixa de chocolates. A Secretaria de Segurança Pública (Sesp-MT) informou que um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) foi instaurado para investigar a conduta do servidor.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

Segundo o delegado Bruno França, a polícia penal colaborava com uma organização criminosa, utilizando sua posição para facilitar a execução de diversos crimes. “Os elementos de prova demonstrados que ele atuou em defesa dos interesses da organização investigada”, afirmou França.

Crimes e ‘Taxa do Roteador’

Entre os golpes aplicados pelos detentos foi chamado “golpe da OLX” ou “golpe do intermediário”. Para os presos, o repasse de 10% ao policial era conhecido como “Taxa do Roteador”. Dois dos aparelhos celulares fornecidos pelo servidor foram rastreados como sendo usados ​​para comandar homicídios em Sorriso, envolvendo vítimas.

Operação Escariotes

As ações contra os policiais penais e os presos integram a Operação Escariotes, que investiga organizações criminosas responsáveis ​​por tráfico, extorsão e assassinatos orquestrados dentro de presídios em Várzea Grande, Cuiabá e Sorriso.

A operação foi desencadeada após a execução de Jonathan Kelvin Santos Fernandes, de 20 anos, cujo corpo foi encontrado em uma trilha rural de Sorriso, em março. A investigação apurou que a ordem para o crime foi emitida de dentro da penitenciária, evidenciando a participação do servidor agora detido.

Ao todo, 30 mandados judiciais foram cumpridos durante a operação, que segue desmantelando a rede criminosa estabelecida nos presídios do estado.

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