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Ipiranga do Norte: Operação da NACO investiga fraude de R$ 3,6 milhões em contratos da Prefeitura e R$ 13 mil da Câmara

Ipiranga do Norte está entre os municípios investigados no esquema de fraudes em licitações e desvio de recursos públicos desmantelado pela Operação Gomorra, deflagrada nesta quinta-feira (07.11) pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco). A operação apura contratos firmados com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais no Mato Grosso, que estariam envolvidos em um esquema de saque aos cofres públicos.

As investigações apontaram que, em várias dessas prefeituras, os responsáveis pelos contratos com empresas suspeitas adotavam práticas de superfaturamento e desvio de recursos por meio de métodos irregulares, como a utilização de “cartões coringa” — um mecanismo que permitia o desvio de combustível e aplicação de sobrepreço de forma abusiva.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

Em Ipiranga do Norte, a Prefeitura Municipal firmou contratos com as empresas investigadas que somam R$ 3,6 milhões. Já a Câmara Municipal de Ipiranga do Norte teve contratos avaliados em R$ 13 mil. Esses valores fazem parte de um esquema que se estende a diversos municípios mato-grossenses, configurando um complexo sistema de fraudes licitatórias.

De acordo com o Naco, o esquema foi identificado a partir da análise dos processos licitatórios homologados pela Prefeitura de Barão de Melgaço, um dos municípios envolvidos, entre 2020 e a atualidade. A partir desses documentos, foi constatado que várias empresas participantes dos certames pertenciam a um mesmo núcleo familiar. Além disso, algumas dessas empresas, que faziam parte do processo licitatório, sequer estavam ativas.

A investigação revelou ainda que Edézio Corrêa, apontado como sócio oculto das empresas, já havia sido denunciado em um esquema de propinas investigado pela Operação Sodoma, relacionado à gestão do ex-governador Silval Barbosa. A análise dos contratos revelou discrepâncias significativas nos valores firmados em diferentes municípios e entre os anos, sendo que, em um dos casos, o aumento nas contratações ultrapassou R$ 9 milhões de 2021 para 2022.

A Prefeitura e a Câmara ainda não se pronunciaram sobre o caso.

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