Às vésperas das eleições municipais no próximo dia 6 de outubro, agricultores de Sorriso cobram melhorias logísticas nas estradas vicinais, consideradas precárias e que colocam em risco a vida de motoristas e o escoamento da produção que sai das fazendas. Maior produtor individual de soja e milho do mundo, o município é o que mais contribui com a arrecadação do Fethab.
O município, localizado no médio-norte de Mato Grosso, é constituído em sua maioria por migrantes da região sul do país. Ele se destaca como “Capital Nacional do Agronegócio” e é responsável por cerca de 17% da produção da oleaginosa no estado e ocupa a liderança nacional na produção de milho segunda safra.
O consultor agronômico Helton Vitali pontua que quando se pensa nas duas safras, junto com a tecnologia, as enxergam “casadas”.
“A gente tem o planejamento de todo o operacional das duas safras, então tem que estar tudo planejado como a maioria dos nossos clientes na região. Nos preparamos para plantar bem a primeira, colher bem e fazer uma segunda safra maravilhosa”, comenta ao Canal Rural Mato Grosso.
Tecnologia aliada do produtor
Os potenciais de Sorriso são diversos. O município é o terceiro colocado no ranking das maiores economias agrícolas do país, tendo no agronegócio a sua principal fonte de renda.
O município, inclusive, está pronto para iniciar uma nova temporada de safras com boas perspectivas de produtividade. A programação, após a colheita da soja, é ocupar a mesma área com milho na segunda safra. Transição que demanda agilidade no processo para garantir uma janela considerada ideal para o cereal. E, para isso, os agricultores têm um forte aliado no parque de maquinários modernos, equipados com alta tecnologia.
“É o que fez alavancar os grandes plantios de lavoura, porque facilita. As máquinas fazem tudo sozinhas. O patrão sabe o que está acontecendo, o agrônomo sabe o que está acontecendo, então tem que ser programadinho”, frisa o agricultor Irineu Marcolin.
Produção em alta, logística precária
Se da porteira para dentro o alto investimento em tecnologia de ponta garante agilidade e mais eficiência no cultivo da safra ao produtor, do lado de fora o escoamento da produção ainda patina pela falta de logística, causando prejuízos e um desequilíbrio negativo em relação à rentabilidade da propriedade.
Conforme Irineu Marcolin, há 40 dias atrás os produtores tiveram que se reunir para arrumar uma estrada, pois as condições da mesma estavam precárias. Além disso, uma colheitadeira chegou a cair dentro de um rio pelas péssimas condições de um bueiro.
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