A partir de setembro, a conta de luz dos brasileiros ficará mais cara devido à mudança da bandeira tarifária para o nível 2 de vermelho, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última sexta-feira (30.08).
O principal motivo para o reajuste é a previsão de escassez de chuvas e o aumento das temperaturas, que afetam a capacidade de geração das hidrelétricas, responsáveis por boa parte da energia no Brasil. Com a redução dessa capacidade, é necessário acionar as usinas termelétricas, que têm um custo de operação mais alto, elevando os gastos com a produção de eletricidade.
Com a bandeira vermelha nível 2 em vigor, os consumidores terão um acréscimo de R$ 7,87 a cada 100 kWh consumidos, o que deve gerar impacto direto no orçamento das famílias brasileiras. Além disso, o aumento pode influenciar o índice de inflação do mês, pressionando ainda mais os preços em diversos setores da economia.
Essa é a primeira vez desde agosto de 2021 que a bandeira vermelha nível 2 é acionada. Nos últimos três anos, o Brasil vinha registrando um período de estabilidade nas contas de energia, com a predominância da bandeira verde, que não impõe cobranças extras.
A decisão da Aneel reflete a necessidade de garantir o abastecimento de energia no país em um cenário de condições climáticas desfavoráveis. O consumidor, por sua vez, deverá lidar com os novos custos no curto prazo, enquanto o país se adapta às condições climáticas e energéticas dos próximos meses.