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Sorriso: Família de mãe e três filhas mortas em chacina pede indenização de R$ 40 milhões ao Estado

O advogado Conrado Pavelski Neto, ingressou na Justiça de Mato Grosso com um pedido de indenização de R$ 40 milhões em nome de Regivaldo Batista Cardoso (pai e marido) e a idosa Solei Fava Calvi (mãe e avó) pelas mortes de  de Cleci Calvi Cardoso, de 46 anos, morta com suas filhas, Miliane, Manuela e Melissa Calvi Cardoso, respectivamente com 19, 13 e 10 anos.

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As vítimas foram assassinadas e estupradas dentro da própria residência da família em Sorriso, por um criminoso que estava foragido. Para Conrado, houve negligência e omissão por parte do Governo do Estado e a chacina poderia ter sido evitada se o autor, foragido por latrocínio, estivesse preso.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

O documento foi protocolado nesta quarta-feira (12). Imagem do pedido foi postada no perfil do advogado no Instagram. “”Nenhum valor será capaz de trazer Cleci, Miliane, Manuela e Melissa à vida, mas o Estado deve ser responsabilizado para que nunca mais uma família sofra o peso de um ato negligente e omisso”, escreveu o profissional.

O autor do crime, foi identificado como Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, preso como autor dos assassinato procurou uma delegacia de polícia para obter apoio em 19 de setembro de 2023, meses antes de cruzar o caminho das futuras vítimas.

Os policiais o direcionaram a uma casa de repouso em Sorriso dias após ter estuprado e tentado matar uma mulher na cidade de Lucas do Rio Verde. Porém, os policiais não o reconheceram. De acordo com o advogado, os policiais informaram que o nome da mãe do acusado estava incorreto, o que teria inviabilizado a abordagem.

A chacina ocorreu em novembro de 2023 e ganhou repercussão nacional pela gravidade do crime. Gilberto trabalhava em uma obra ao lado da casa da família e premeditou o crime. Ele já era fugitivo pela ocorrência de Lucas, quando matou as quatro mulheres.

O crime chocou o país e a senadora Margareth Buzetti apresentou o  projeto de Lei Mulheres Calvi Cardoso em homenagem às vítimas da chacina. O PL 6212/2023 revê que o sistema de consulta processual tornará de acesso público o nome completo do réu, seu cadastro de pessoa física e qual o crime a partir da condenação em primeira instância.

Ele determina também o desenvolvimento do Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais, sistema criado a partir dos dados do Cadastro Nacional de Pessoas Condenadas por Crime de Estupro, que permitirá a consulta pública do nome completo e CPF das pessoas condenadas por esse crime.

Farão parte desse cadastro os condenados pelos crimes de estupro ou pedofilia após o chamado trânsito em julgado, que é quando não há mais recursos. Os dados ficarão disponíveis para consulta pública pelo prazo de 10 anos após o cumprimento integral da pena, salvo em caso de reabilitação.

O projeto foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado por unanimidade.  Como foi votado em caráter terminativo o projeto está hoje na Câmara dos Deputados. Uma vez aprovado sem alterações estará pronto para a sanção presidencial

O crime

As vítimas foram mortas na sexta-feira (24), entretanto os corpos só foram localizados na segunda-feira (27), mesmo dia em que Gilberto foi detido. O bandido trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas.

Na noite de sexta, ele invadiu o imóvel pulando a janela do banheiro e cometeu os crimes. Em seguida, voltou para a obra, retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. Na segunda-feira, quando a polícia chegou no local, ele agia normalmente, como se fosse apenas mais um popular “curioso” sobre o crime, assistindo a cena com os colegas de trabalho. Quando a polícia realizou diligências na obra, ele apresentou apenas a cópia da identidade como documento. 

Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio. Questionado, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana. Na casa, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue.

Ao vistoriar os pertences do criminoso, os agentes encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado se tratar do mesmo calçado marcado no piso.

Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios.

Em confissão à polícia, ele deu detalhes do crime. Ele contou que estuprou três das vítimas enquanto elas ainda agonizavam, após serem esfaqueadas por ele.

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