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Primeiro implante cerebral em humano feito pela empresa de Elon Musk dá defeito

Em um revés para a Neuralink, companhia de tecnologia cerebral do bilionário Elon Musk, o dispositivo que a empresa implantou em seu primeiro paciente humano apresentou problemas mecânicos, informou a companhia hoje em uma publicação em seu blog corporativo.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

Nas primeiras semanas seguintes à cirurgia de implante, em janeiro, o paciente Noland Arbaugh, de 29 anos, alguns dos fios de eletrodos que ficam no tecido cerebral começaram a se retrair desse tecido, fazendo com que o dispositivo não funcionasse corretamente, afirmou a empresa.

O jornal americano The Wall Street Journal já havia reportado notícias de defeitos no dispositivo. O defeito no implante é revelado justamente quando a Neuralink tenta implantar seu dispositivo em mais seres humanos. Qualquer mau funcionamento pode causar atrasos no processo de aprovação da agência americana para alimentos e medicamentos, a Food and Drug Administration (FDA).

A Neuralink afirmou que compensou essa retração com de uma série de correções de software, que “produziu uma melhoria rápida e sustentada que agora restabeleceu desempenho inicial do Noland”.

A empresa disse que está atualmente trabalhando para melhorar a entrada de texto no dispositivo, bem como o controle do cursor – e que eventualmente pretende estender o uso de dispositivos do mundo físico, como braços robóticos e cadeiras de rodas.

Especialistas que atuam na área de implantes cerebrais disseram à Bloomberg que as complicações podem ter surgido do fato de os fios se conectarem a um dispositivo que fica dentro do osso do crânio, e não na superfície do tecido cerebral.

— Uma coisa que os engenheiros e cientistas não conseguem avaliar é o quanto o cérebro se move dentro do espaço intracraniano — explicou Eric Leuthardt, neurocirurgião da Escola de Medicina da Universidade de Washington, em St Louis. — Apenas balançar a cabeça ou movê-la abruptamente pode causar perturbações de vários milímetros.

Tradicionalmente, os cirurgiões têm instalado implantes cerebrais no topo do tecido do próprio cérebro, onde ele poderia se mover “como um barco na água”, afirmou Matt Angle, diretor executivo da Paradromics, rival “não é normal parra um implante de cérebro”.

Antes de implantar o dispositivo em Arbaugh, que é tetraplégico, a Neuralink testou extensivamente o dispositivo em animais. Um problema potencial, porém, é que, como os cérebros dos animais são menores, os eletrodos não se deslocam tanto quanto nos humanos, disse Leuthardt.

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