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Após chacina de mãe e 3 filhas, em Sorriso, projeto que torna público nome de criminosos sexuais começa a tramitar: “Não existe ex-pedófilo”, Diz senadora

Apresentado em dezembro passado após o brutal assassinato de quatro mulheres da mesma família em Sorriso, o projeto de lei “Cadastro Nacional de Pedófilos e Predadores Sexuais”, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD), começa a tramitar com o retorno dos trabalhos legislativos nesta semana. A proposta tem como objetivo tornar público o nome do réu e os detalhes do crime, após condenação em primeira instância.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

“Nós temos que ter esse cadastro para poder pesquisar se o cara que está trabalhando na creche, na nossa casa, não é um pedófilo. Não existe ex-pedófilo, não existe ex-estuprador”, declarou a parlamentar na terça-feira (29), durante o anúncio da criação da Superintendência de Políticas Públicas para as Mulheres – SER Família Mulher, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.

Em dezembro, Gilberto Rodrigues dos Anjos, de 32 anos, assassinou mãe e três filhas, dentro da residência delas, no município de Sorriso. Os requintes de crueldade do crime, que também envolveram o estupro de três das vítimas, chocaram todo o país. A situação causou ainda mais revolta quando veio à tona a informação de que ele já era foragido por ter cometido o mesmo crime em Mineiros-GO. Ele também é acusado de latrocínio contra um jornalista.

Após a chacina da família em Sorriso, a senadora lembra que foi pesquisar os projetos em andamento que tivessem como objetivo aumentar a segurança no país.

“Vi que o agressor que estupra, que mata, o pedófilo, não aparece em nenhum cadastro, o nome dele é escondido porque corre em segredo de Justiça. Então eu apresentei um projeto chamado ‘pedófilos e predadores sexuais’, o cadastro nacional de pedófilos e predadores sexuais. Todo mundo disse que é difícil de aprovar, vamos lá, vamos mostrar. Quer dizer, a vítima tem que ser preservada, mas o agressor? Preservar o nome do agressor? Não é possível”, comentou a parlamentar.

Margareth Buzetti reforça que os números de vítimas de crimes dessa natureza são alarmantes e que é urgente que sejam criadas legislações mais severas, que estabeleçam penas mais duras.

O crime

As vítimas foram mortas na sexta-feira (24), entretanto os corpos só foram localizados na segunda-feira (27), mesmo dia em que Gilberto foi detido. O bandido trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas.

Na noite de sexta, ele invadiu o imóvel pulando a janela do banheiro e cometeu os crimes. Em seguida, voltou para a obra, retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. Na segunda-feira, quando a polícia chegou no local, ele agia normalmente, como se fosse apenas mais um popular “curioso” sobre o crime, assistindo a cena com os colegas de trabalho. Quando a polícia realizou diligências na obra, ele apresentou apenas a cópia da identidade como documento. 

Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio. Questionado, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana. Na casa, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue.

Ao vistoriar os pertences do criminoso, os agentes encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado se tratar do mesmo calçado marcado no piso.

Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios.

Em confissão à polícia, ele deu detalhes do crime. Ele contou que estuprou três das vítimas enquanto elas ainda agonizavam, após serem esfaqueadas por ele.

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