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Sorriso: Família morreu por falha da Justiça, afirma parente de mãe e 3 filhas mortas em chacina

Sobrinha de Cleci Calvi Cardoso,46, morta da na chacina de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), Tauany Micheli cobrou mudança em leis para proteção da sociedade e afirma que sua tia e primas morreram porque a Justiça não agiu. Isso porque o assassino confesso Gilberto dos Anjos já era procurado por outros crimes. Jovem falou ao podcast Crime S/A, do youtuber Beto Ribeiro, na última quinta-feira (30) e desabafou sobre a realidade da família após os assassinatos brutais.

Tauany contou que descobriu o crime por meio da sua mãe e tia, que a avisaram sobre uma movimentação na casa das primas. Ela, que não sabia sobre o desaparecimento das mulheres, entrou em desespero quando viu o estado de uma das vítimas.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

“Eu estava trabalhando e a minha mãe bateu na minha janela, porque eu trabalho do lado dela, e ela estava desesperada falando que a minha tia tinha ligado, falando que tinha acontecido alguma coisa na casa da tia Cle. Aí, eu larguei o serviço e falei que não devia ser nada. Mas quando eu virei a esquina, vi o Corpo de Bombeiros e a polícia, já fiquei muito preocupada e achei que alguma delas havia sofrido algum acidente”, lembrou.

Foi só aí que Tauany e a mãe ficaram realmente desesperadas com a possibilidade de ter acontecido alguma tragédia. “Quando eu cheguei perto, eu vi que minha tia estava muito desesperada, e foi aí que eu pensei que tinha acontecido algo muito sério. Que alguma das meninas podia ter morrido, mas quando eu fui falar com ela, ela disse que alguém tinha entrado na casa e matado todas”, contou emocionada.

A sobrinha relatou que o tio, pai das meninas e esposo de Cleci, não entrou na casa desde que voltou à Sorriso. Ele é caminhoneiro e não estava na cidade no momento do crime. “Ele está bem abalado, triste, e a gente está tentando dar o conforto para ele, tentando organizar as coisas, ajudando a organizar tudo. A família combinou que ninguém pode entrar na casa. Outras pessoas foram lá para tirar os pertences pessoais e vamos mandar lavar”, relatou.

Ao fim de sua participação no podcast, que também contou com a perita criminal Rosangela Monteiro e o delegado do crime, Bruno França, a sobrinha de Cleci deixou um apelo as autoridades para que o que ela sofreu, ninguém mais passe por isso.

“A minha família morreu, porque a nossa Justiça não prendeu ele quando tinha que prender. Ele deveria estar na cadeia há muito tempo, deveria estar fichado. Eu gostaria de fazer um pedido para a criação de um banco de dados nacional para estupradores, porque, se esse homem estivesse fichado, e tivéssemos um site onde pudéssemos pesquisar se possui pessoas fichadas perto de nós, nada disso teria acontecido. Elas estariam aqui comigo (sic)”, cobrou.

Em entrevista, o delegado do caso, Bruno França, contou que uma vizinha relatou ter ouvido uma gritaria intensa e latidos de cachorro e, mesmo assim, nenhuma autoridade foi acionada.

“A gente não pode se omitir, se você ouve alguma coisa na casa ao lado, denuncia, chama a polícia por mais que seja só uma briga de casal. A gente não sabe o que esta acontecendo na casa do lado, se alguém tivesse chamado a polícia quando ouviu elas gritando, elas poderiam estar vivas agora”, finalizou a sobrinha.

O caso
Cleci Calvi Cardoso, 46, Miliane Calvi Cardoso, 19, e Manuela Calvi Cardoso, 13, e Melissa Calvi Cardoso,10, foram encontradas mortas na última segunda-feira (27), no município de Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá).

Pouco tempo depois dos corpos serem achados, o pedreiro Gilberto Rodrigues dos Anjos,32, foi preso em uma obra ao lado da casa da família assassinada. Ele confessou o crime e relatou ter estuprado as mãe e suas duas filhas mais velhas. Já a menor, foi morta asfixiada.

Criminoso foi transferido para a Penitenciária Central do Estado (PCE) onde está em cela isolada dos demais detentos.

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