O advogado Conrado Pavelski Neto, que representa a família das mulheres assassinadas em Sorriso (420 km ao norte de Cuiabá), lamentou a perda sofrida pelos familiares e afirmou que viu a “pior cena da vida” no local. Ele fez publicação nas redes sociais sobre o caso que acabou de assumir.
Nessa quinta-feira (30), o advogado teve acesso às imagens do inquérito policial e declarou ter sido a pior cena que já viu. “Hoje tive acesso a pior cena da minha vida, e com toda certeza, a pior cena da vida de qualquer pessoa. Esse caso não tem precedentes. A crueldade ali empregada supera qualquer ação já vista”, declarou.
Diante de um caso de grande comoção, o advogado afirma que “tal acontecimento não deve se limitar apenas a um processo, julgamento e a uma condenação, mas sim um alicerce para que as pessoas possam gozar de mais segurança”. Ele ainda declara ser a favor da legalidade da sociedade armada.
O crime
As vítimas foram mortas na sexta-feira (24), entretanto os corpos só foram localizados na segunda-feira (27), mesmo dia em que Gilberto foi detido. O bandido trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas.
Na noite de sexta, ele invadiu o imóvel pulando a janela do banheiro e cometeu os crimes. Em seguida, voltou para a obra, retirou as roupas sujas de sangue e guardou em um contêiner. Na segunda-feira, quando a polícia chegou no local, ele agia normalmente, como se fosse apenas mais um popular “curioso” sobre o crime, assistindo a cena com os colegas de trabalho. Quando a polícia realizou diligências na obra, ele apresentou apenas a cópia da identidade como documento.
Durante checagem dos dados pessoais, a equipe policial apurou que contra ele havia dois mandados de prisão em aberto, um pela Comarca de Lucas do Rio Verde por crime sexual, e outro pela Comarca de Mineiros, em Goiás, pelo crime de latrocínio. Questionado, ele ficou nervoso e alegou que não ter ouvido qualquer barulho na casa das vítimas durante o final de semana. Na casa, a perícia da Politec encontrou marcas de chinelo no piso manchado com sangue.
Ao vistoriar os pertences do criminoso, os agentes encontraram um chinelo com as mesmas características das marcas no piso da residência da família e foi confirmado se tratar do mesmo calçado marcado no piso.
Após ser questionado novamente, o assassino confessou ter cometido os quatro homicídios.
Em confissão à polícia, ele deu detalhes do crime. Ele contou que estuprou três das vítimas enquanto elas ainda agonizavam, após serem esfaqueadas por ele.