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MT: Cidade tem surto de “sarna” e Vigilância cita resistência a Ivermectina por uso na Covid

A cidade de Campos de Júlio vive um possível surto de sarna, doença de pele infecciosa que tem o nome científico de “escabiose”. A Vigilância em Saúde da prefeitura emitiu uma nota de orientação que cita possível resistência do ácaro da doença à Ivermectina, medicamento usado contra a Covid-19.

As orientações da Secretaria Municipal de Saúde foram emitidas nesta sexta-feira (27) “diante do aumento significativo de pacientes com sintomas clínicos sugestivos de escabiose”. O órgão indicou uma série de medidas para o manejo adequado da doença na população, a fim de conter o surto.

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

A sarna é causada por um parasita, um ácaro, e é altamente contagiosa por humanos e animais. A Vigilância explica que o ácaro entra na pele, fecunda a fêmea e morre. A fêmea põe ovos e morre após 10 dias, mas a prole segue com a reprodução se espalhando pelo corpo.

A transmissão pode ocorrer por contato pele a pele com uma pessoa infectada, roupas ou objetos com contaminação. Cãos e gatos não transmitem a doença.

A ivermectina é particularmente utilizada em pacientes não responsivos à terapia tópica, na escabiose crostosa, em imunossuprimidos, em idosos, em pacientes com eczema generalizado, dermatite atópica e em outras situações nas quais a terapêutica tópica possa ser utilizada. Alguns pesquisadores relacionam a possibilidade de aumento da resistência do ácaro ao medicamento.

Entre os sintomas estão o surgimento de lesões avermelhadas com pequenas cascas ou caroços também avermeçhados ou acastanhados. As lesões ficam principalmente entre os dedos das mãos, punhos, cotovelos, axilas, ao redor do umbigo, na cintura, coxas, genitália, mamas, entre os glúteos e nádegas, segundo o documento.

A Vigilância Sanitária recomenda o uso tópico de permetrina 5% para tratar a doença, com aplicação do pescoço para baixo.

“A ivermectina oral pode ser utilizada para tratamento de escabiose, na dose de 200 mcg/kg, repetindo-se a dose em 7 a 14 dias. A apresentação é comprimidos de ivermectina 6 mg. A ivermectina é particularmente utilizada em pacientes não responsivos à terapia tópica, na escabiose crostosa, em imunossuprimidos, em idosos, em pacientes com eczema generalizado, dermatite atópica e em outras situações nas quais a terapêutica tópica possa ser utilizada. Alguns pesquisadores relacionam a possibilidade de aumento da resistência do ácaro ao medicamento, devido ao seu uso indiscriminado”, avalia o órgão de saúde.

A nota orienta que roupas utilizadas por pacientes nos últimos três dias e roupas de cama e tolhas devem ser lavados com água quente por pelo menos 20 minutos e passados a ferro. Roupas que não podem ser colocadas na água quente precisam ficar fechadas em saco plástico por três dias. Pessoas que têm contato próximo precisam ser tratadas de maneira simultânea.

“Os trabalhadores que se encontram expostos ao fator de risco biológico, o Sarcoptes scabei, devem ser considerados como possíveis portadores de doença relacionada ao trabalho, e assim deve-se notificar ao serviço médico da empresa. Por ser altamente contagiosa, converte-se em risco coletivo entre os trabalhadores e seus familiares”, diz a Vigilância.

Os trabalhadores com a doença precisam ficar afastados do trabalho por sete dias e receber tratamento. Nas escolas, além da recomendação de lavagem das roupas e de deixar a criança infectada em casa, é recomendado o uso de álcool 70% para limpeza de óbjetos, além de lavagem com água e sabão.

MídiaJur

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