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Sorriso: Toffoli autoriza Argino Bedin a ficar em silêncio e proíbe prisão na CPI do 8 de janeiro

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu um habeas corpus permitindo que o empresário e fazendeiro Argino Bedin fique em silêncio ao depor na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. Na mesma decisão, o ministro ainda proibiu a prisão do depoente por exercer o direito de ficar em silêncio.

O depoimento será realizado na terça-feira (2). Há suspeita de que Bedin teria ajudado a financiar atos antidemocráticos depois da eleição de 2022. Caminhões das empresas da família dele teriam sido utilizados para bloqueios de estradas depois da derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

𝐀𝐧𝐭𝐞𝐬 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐫 𝐬𝐮𝐚 𝐎𝐏𝐈𝐍𝐈𝐀̃𝐎 𝐨𝐮 𝐂𝐑𝐈́𝐓𝐈𝐂𝐀, 𝐟𝐚𝐜̧𝐚 𝐬𝐞𝐮 𝐏𝐈𝐗, 𝐜𝐨𝐦 𝐨 𝐯𝐚𝐥𝐨𝐫 𝐪𝐮𝐞 𝐩𝐮𝐝𝐞𝐫, 𝐞 𝐚𝐩𝐨𝐢𝐞 𝐨 𝐉𝐊𝐍𝐎𝐓𝐈𝐂𝐈𝐀𝐒.𝐂𝐎𝐌 𝐚 𝐜𝐨𝐧𝐭𝐢𝐧𝐮𝐚𝐫 𝐭𝐞 𝐝𝐞𝐢𝐱𝐚𝐧𝐝𝐨 𝐢𝐧𝐟𝐨𝐫𝐦𝐚𝐝𝐨. 𝐅𝐚𝐜̧𝐚 𝐮𝐦𝐚 𝐃𝐨𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐩𝐞𝐥𝐚 𝐂𝐇𝐀𝐕𝐄 𝐏𝐈𝐗: 𝟐𝟖.𝟏𝟓𝟏.𝟐𝟗𝟕/𝟎𝟎𝟎𝟏-𝟎𝟓 𝐑𝐀𝐙𝐀̃𝐎 𝐒𝐎𝐂𝐈𝐀𝐋: 𝐌𝐈𝐃𝐀𝐒 𝐏𝐔𝐁𝐋𝐈𝐂𝐈𝐃𝐀𝐃𝐄 𝐄 𝐌𝐀𝐑𝐊𝐄𝐓𝐈𝐍𝐆

Argino Bedin e membros da família chegaram a ter bens bloqueados por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no final de 2022. O empresário atua no agronegócio, em especial no plantio de soja, em Sorriso (MT).

A defesa do empresário entrou com habeas corpus na última sexta-feira (29). O pedido era que ele não fosse obrigado a comparecer à oitiva na CPMI.

O ministro Dias Toffoli avaliou que deve ser garantido o “direito constitucional ao silêncio, incluído o privilégio contra a autoincriminação, para não responder, querendo, a perguntas potencialmente incriminatórias a ele direcionadas, bem como o direito de ser assistido por seus advogados e de comunicar-se com eles durante sua inquirição, garantindo-se a esses todas as prerrogativas previstas na Lei nº 8.906/94”.

“Ressalvo, igualmente, a impossibilidade de o paciente ser submetido a qualquer medida privativa de liberdade ou restritiva de direitos em razão do exercício de tais prerrogativas. A cópia desta decisão serve igualmente como salvo-conduto”, diz trecho da decisão.

Toffoli determinou a comunicação da decisão ao presidente da CPMI, Arthur Maia, e também a Procuradoria-Geral da República.

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