Um adolescente de 16 anos foi resgatado pela Polícia Militar após ter sido sequestrado e mantido em cárcere privado por um grupo de adolescentes, entre 14 e 16 anos, nessa terça-feira (16/12), em Cáceres. Entre os investigados pelo crime está um homem de 20 anos, que não foi identificado.
Conforme o boletim de ocorrência, a PM localizou o cativeiro onde o adolescente era mantido após prender um homem suspeito de envolvimento em um homicídio ocorrido no município, no dia anterior. Os militares disseram que um ‘tribunal do crime’ foi montado para matar o adolescente.
Segundo a Força Tática, após a denúncia, a polícia passou a procurar o adolescente em chácaras e áreas rurais da cidade. Durante as buscas, os agentes encontraram uma casa nos fundos de um loteamento e, ao se aproximarem do local, viram um grupo de pessoas fugindo em direção a uma área de mata.
Os policiais relataram que, durante a fuga, um dos suspeitos arrastava a vítima, que estava amarrada, enquanto segurava uma faca. Diante da situação, os agentes atiraram, momento em que o adolescente foi libertado e os suspeitos se renderam.
Além disso, os policiais disseram que, enquanto a vítima era agredida, os suspeitos faziam uma chamada de vídeo com outras pessoas. À polícia, o adolescente sequestrado relatou que essas pessoas acompanhavam tudo em tempo real e aguardavam uma decisão se ele seria morto ou não.
Ainda de acordo com a PM, a vítima foi resgatada com vários ferimentos espalhados pelo corpo, que eram compatíveis com as agressões da qual ele tinha sido vítima. No relato, o adolescente contou que foi agredido com socos e pauladas enquanto era mantido em cárcere privado.
O adolescente contou ainda que, durante todo o tempo, os sequestradores o questionavam sobre o paradeiro de um suposto integrante de uma facção criminosa. Segundo ele, ficou sob ameaça e impedido de sair do local entre cerca de 10h e 15h, até a chegada da polícia.
Os envolvidos no crime foram encaminhados à delegacia de polícia do município e a vítima foi resgatada. O caso é investigado pela Polícia Civil.
G1MT
