Operação da PC de Sorriso prende, em Sinop, seis pessoas por invasão a propriedades rurais e furto de cabos de cobre; R$ 83 mil foram encotrados na casa

Seis pessoas foram presas, nesta quarta-feira (22), suspeitas de integrarem um esquema criminoso especializado em furtos de cabos de cobre, em propriedades rurais de 11 municípios da região Norte de Mato Grosso. Ao todo, são cumpridos nove mandados de prisão durante a terceira fase da Operação Alta Tensão, deflagrada pela Polícia Civil.

A ação também resultou no cumprimento de ordens judiciais para o sequestro e bloqueio de altos valores, além da suspensão das atividades econômicas da principal empresa suspeita de receptar o material furtado. Todos os mandados, incluindo os de prisão, foram cumpridos em Sinop, a 503 km de Cuiabá.

As investigações, que começaram em janeiro deste ano, apontaram que os suspeitos agiam de forma “premeditada e sistemática” e que a prática, além de criminosa, estaria causando prejuízos graves ao agronegócio e aos fazendeiros.

A polícia informou que os suspeitos estariam envolvidos em pelo menos 37 furtos e outros crimes patrimoniais. A investigação indica que o grupo criminoso atuou entre 2023 e 2025, com principais focos nas cidades de Sorriso, Lucas do Rio Verde, Vera, Sinop e Vila Bela da Santíssima Trindade.

Os alvos respondem por crimes de furto qualificado, cometidos em grupo e durante o repouso noturno, além de participação em organização criminosa armada, lavagem de dinheiro e receptação qualificada no exercício de atividade comercial. Uma análise preliminar aponta que a movimentação financeira do grupo ultrapassa milhões em prejuízos, incluindo o furto de 17,5 toneladas de fios.

A operação resultou na apreensão de carros de luxo e mais de R$ 83 mil em dinheiro.

Entenda o caso

O inquérito policial foi aberto em janeiro deste ano, após diversas ocorrências de furto em uma propriedade rural em Sorriso. Para concluir o crime, os criminosos agiam à noite, focando principalmente nos cabos de cobre usados em sistemas de irrigação, além de outros objetos de valor nas propriedades invadidas.

Na época, foi descoberto que o material furtado era levado para outra propriedade rural, onde passava por um processo de “limpeza”, que consistia na queima dos cabos para remover a borracha e separar o cobre. Em seguida, o cobre era vendido para uma empresa de sucatas, pertencente a um dos investigados.

O líder do grupo era responsável pela comercialização do material. Imagens do circuito interno da empresa mostram que a organização agia de forma sistemática, com a ajuda de colaboradores e gerentes na pesagem, cadastro e pagamento da sucata.

Com o encerramento do inquérito e o desmantelamento da cadeia criminosa, desde os executores até os receptadores, o delegado Paulo Brambila solicitou a prisão preventiva dos envolvidos, medida que foi autorizada pela Justiça.

No final de janeiro, durante as investigações, três integrantes do grupo foram presos, sendo que um deles já foi solto e é alvo de novos mandados de prisão na operação.

Com os suspeitos, foram apreendidos diversos objetos furtados das propriedades, como dois motores. Todos os presos têm passagens criminais por crimes de patrimônio e outros membros do grupo também já foram identificados, de acordo com a polícia.
Diversos objetos furtados das propriedades foram apreendidos, como dois motores. — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso

Diversos objetos furtados das propriedades foram apreendidos, como dois motores. — Foto: Polícia Civil de Mato Grosso

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