Bandido morre após meter bala em policiais durante operação; ele era acostumado a reagir em abordagem policial

Durante entrevista coletiva realizada nesta desta quarta-feira (15), o delegado Bruno Luís, titular da Delegacia Seccional de Água Branca, afirmou que Ivan Richell, suspeito de integrar uma organização criminosa que morreu após trocar tiros com a polícia durante uma operação, era uma pessoa temida na região, que possuía um extenso histórico criminal e já havia resistido a outras abordagens policiais.

“Ele tem histórico, tem até um auto de resistência contra ele. Já reagiu uma outra vez. Como eu disse, ele tinha câmera fora da casa. Ele certamente viu a equipe se aproximando, esperou lá dentro, a porta foi aberta, ele saiu do quarto e começou a disparar. Esse tipo de indivíduo causa temor na região onde ele está. Geralmente uma pessoa que anda armada, não trabalha, causa temor onde ele está atuando”, disse o delegado. 

A ação foi coordenada pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí (SSP-PI), dentro do programa Pacto Pela Ordem, com o objetivo de dar cumprimento a  mandados de busca e apreensão contra membros do grupo criminoso. No endereço do suspeito morto, foram encontrados cerca de 3 kg de maconha do tipo skunk, 345g de cocaína e a arma de fogo usada na troca de tiros com os policiais.

A suspeita é que Ivan Richell era o responsável pela distribuição da droga na região. “Ele não é a pessoa central, não à toa ele tinha essa quantidade toda de drogas. Tinha droga que já estava preparada para ser vendida. Do lado externo da casa ele tinha câmeras, a equipe entrou quando quebrou a porta, foi avisado que era polícia e mesmo assim ele saiu do quarto onde estava atirando contra nossa equipe”, reiterou Bruno Luís.

Foto: Reprodução

Queria matar

Além da equipe da Delegacia Seccional de Água Branca, a operação também contou com o apoio da Força Estadual Integrada de Segurança Pública (FEISP) e do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (Draco). Segundo o delegado Charles Pessoa, o suspeito abriu fogo mesmo após os agentes se identificarem e chegou a afirmar que sua intenção realmente era matar os policiais.

“Ele estava abrigado no quarto, saiu e começou a efetuar disparos na nossa equipe. Continuamos verbalizando e ele não parou de atirar, pelo contrário, ele sempre dizia que ia matar. A gente estava verbalizando, dizendo que era para ele se entregar, mas quando ele estava protegido ele sempre dizia que ia matar. Conseguimos fazer a incursão e graças a deus nenhum dos nossos colegas foi atingido por disparo”, disse a autoridade policial. 

“Infelizmente isso traz uma realidade que é enfrentada diariamente por todos os agentes da segurança pública que estão dispostos a combater essa criminalidade organizada. Combater facção criminosa é extremamente complexo, mas estamos disponíveis para enfrentar essa criminalidade no estado do Piauí. O que nos causa, infelizmente, uma indignação com essa legislação. Um indivíduo com histórico criminal, mas em liberdade. Esse indivíduo poderia ter tirado a vida de um policial, de um pai de família que saiu de casa para proteger a sociedade e foi recebido à bala”, concluiu o delegado.

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